Organizações ágeis são fundamentalmente organizações que buscam no aprendizado uma forma de se reinventar. Quando falamos principalmente de agilidade significa que, a organização precisa ser capaz de se adaptar na incerteza, e isso requer uma abertura para aprender muito, disciplina pouco presente em organizações tradicionais. O fator dessa abertura para o aprendizado é a ideia de uma mentalidade de crescimento: a crença de que nossas capacidades individuais e organizacionais não são fixas, mas podem ser desenvolvidas continuamente.
Ciclos de feedback, como “inspecionar e adaptar” e práticas como a retrospectiva, permitem que equipes, departamentos e organizações melhorem tanto o que fazem quanto (mais importante) como o fazem. Como o lenhador que se recusa a afiar o machado porque tem muitas árvores para cortar, as organizações que não melhoram tanto a maneira como trabalham quanto os próprios produtos acabarão perdendo a concorrência no mercado.
Desacelere um pouco

Isso também traz o importante conceito de folga. Crie o espaço para desacelerar, identificar oportunidades, experimentar e aprender. Indivíduos que sempre trabalham na capacidade máxima são geralmente tão focados em seu trabalho que são incapazes de identificar oportunidades de melhoria. Ter um folga mental também ajuda a construir resiliência à mudança – a habilidade de lidar mentalmente com a mudança e adaptação organizacional.
Um ponto interessante que vale destacar em relação a Mentalidade de Crescimento é a aceitação das organizações ao ambiente de experimentos e falhas. Os profissionais desta nova geração, a geração start-up, tem experimentado possibilidades de negócios e produtos nunca antes trabalhados. Acredito que uma parte da diferença entre as gerações está no fato desta nova geração sair do campo das idéias e experimentar de fato as hipóteses, pelo menos foi assim que empresas como AirBNB e Netflix reinventaram o mercado.
As organizações precisam criar um ambiente “seguro para falhar”, reconhecendo que o fracasso faz parte do trabalho diário e não algo que você culpa ou julga as pessoas. Algumas organizações vão além, introduzindo mecanismos de suporte formais ou informais como KPIs de falha , experimentos paralelos (e selecionando a opção de melhor desempenho ) ou simplesmente fornecendo um ambiente onde o aprendizado com o fracasso é facilmente identificado, reconhecido e recompensado.
3 Passos para iniciar a mudança de Mentalidade (mindset) da sua organização

- Diga “Ainda não sei”
Uma cultura de aprendizagem começa com os gerentes liderando pelo exemplo. Os líderes precisam aprender a dizer; “Ainda não sei” e “vamos descobrir juntos”. As equipes precisam de tempo para explorar e pesquisar novas ideias, mesmo que possam falhar. Comece a usar a linguagem da experimentação e recompense as evidências de aprendizagem, em vez da resposta. - Comemore o fracasso e o aprendizado
Embora ter uma mentalidade construtiva signifique estar disposto a ultrapassar os limites e tentar coisas novas, também vem com uma realidade proporcional de fracasso. O fracasso deve ser visto como uma oportunidade de aprender, ao invés de um fracasso em fazer. Promova cerimônias que reconhecem, celebram e recompensam a experimentação e o aprendizado com o fracasso. Adotar práticas como KPIs de falha e retrospectivas de experimentação são algumas ferramentas eficazes disponíveis para você. - Encurte os ciclos de feedback
O feedback pode vir de muitas fontes diferentes; clientes, colegas, parceiros, etc. Independentemente de sua fonte, a capacidade de ouvir e usar esse feedback é fundamental para uma organização que aprende. Quanto mais rápido você aprender, mais rápido se adaptará. Desenvolva processos para obter feedback o mais cedo possível e compartilhe-o com as equipes apropriadas para que possam agir rapidamente. Estabeleça uma meta para reduzir pela metade seu ciclo de feedback atual.